“Depois do reino animal, eis o inicio do reino mecânico. Com o conhecimento e a amizade da matéria, da qual os cientistas não poderão conhecer senão as reações físico-quimicas, nós preparamos a criação do homem mecânico de partes mutáveis. Nós o livramos da ideia da morte e, por conseguinte, da própria morte, suprema definição da inteligência lógica”.
Leia um fragmento de um dos principais manifestos do Futurismo:
“Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade [...] Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco [...] a beleza da velocidade. [...] Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas ideias que matam, e o menosprezo à mulher. [...]
É preciso destruir a sintaxe, dispondo dos substantivos ao acaso, como nascem [...]
Deve-se usar o verbo no infinito [...] Deve-se abolir o adjetivo [...] Deve-se abolir o advérbio [...] Assim como a velocidade aérea multiplicou o nosso conhecimento do mundo, a percepção por analogia torna-se sempre mais natural para o homem [...] é necessário fundir diretamente o objeto com a imagem que ele evoca [...] Abolir também a pontuação. [...] Destruir na literatura o “eu”, isto é, toda a psicologia”.
Giacomo Balla
O pintor italiano durante a sua obra tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, sem chegar a uma total abstracção. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático.
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